Entre enganos e descuidos, verdades infinitas pintam novos horizontes, sem acompanhar as formas das nuvens, nem as nuances do céu, da noite, nem anseios, nem futuros dilatando as pupilas… Sem vela, sem espera. Dias passam como coletivos cheios de gente indo e vindo, sempre voltando de algum lugar, sempre em busca de algo, sempre na espera de alguém, sempre a mercê de olhares estranhos de estranhos… Rumos diversos para universos inversos, onde destinos nem sempre são talhados e por vezes apenas acontecem, no suceder de uns de repentes, que nem sempre rimam com a vida: linda fingida de bandida para fugir; tela rabiscada de carvão a colorir; medo tingido de desejo por arder; fé blindada por batalhas a vencer; sonhos dissipados em planos de paixão; realidade na areia aos ventos da ilusão… Ida ali para voltar daqui a pouco. Logo ali mesmo… Muitos já partiram; uns não vão voltar. Alguns estão indo; outros, vão chegar. Tem quem está chegando e quem ainda vai chegar.