… cinzas de fotografias, fumaças de histórias pelo ar. Cinza de toda a cidade, de memórias de amar, de cinzeiros de conversas, de promessas de mudar… A luta diária é bruta, como uma flor que resiste, insiste em alcançar o sol, cresce e suas raízes rompem entulho de coisas pra sobreviver. Pra sobreviver. A alma grita… em silêncio enquanto o tempo lentamente vai talhando marcas nas mãos e no peito. Foi feito de ferro; nunca foi caule de flor. Água e sol – e o sagrado fruto do trabalho -, era o que tinha e mantinha a força que lhe dava fé. Alma não tem cor – tem cores. No corpo, o cinza das cidades, de memórias, sem amor… dor. Fim de história: água e sol. Lutar por hoje; orar por amanhã.