É (quase) sempre assim: a moça, o moço, a cidade e suas infinitas convenções. A vida é curta; a cidade, gigante e num instante acontece: alguém precisa de uma serenata, um beijo, um bombom, um abraço, um aperto, um amasso, um bilhete, um descompasso de coração com frio de bater de asas de borboleta na barriga para provocar um furacão na cabeça de quem se esquiva das paixões. Todos os dias caminhos cruzados deixam uma suave impressão de que o cupido anda cansado ou distraído. Tem muita gente construindo muitos muros, se fechando em quartos escuros, se lambendo para manter o ego maior e mais irrigado do que o coração. Sempre tem uma canção que diz sobre o amor e outras coisas. Óculos, pés descalços, descaso com o acaso. Mais uma espera pelo momento certo. Mais uma crença na pessoa certa. O destino sempre espera pelo tempo ao passo que o tempo voa como pluma, se dissipa e se perde, como acordes de um violão no meio da multidão passanda rumo ao meio dia até pra chegar a sexta-feira e celebrar o que há de melhor na vida… O que há de melhor na vida Com sorte, há de ser alguém normal que goste de você com todos os seus defeitos, que se encaixe como peça de Lego na sua vida; que de derrame como tinta de nanquim na sua agenda; que se espalhe como acordes de violão agora ao pé do seu ouvido; que entrelace os dedos e desejos; que, talvez, não compre flores nem tenha band-aid – e nem diga que te ama -, mas em silêncio te traga sonhos e café, te ajude a ter fé e acreditar todos os dias que a vida, o mundo, tudo… é bonito… E assim você perceba, com um sorriso de canto, quanto encanto há em ter alguém para amar…
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