Vermelho. Sinal fechado, ficou parado vendo a vida passar. O recado no espelho cristalizado no olhar. Uma dor, uma tristeza nessa vida, uma vontade de chorar, um vazio de solidão, uma vontade de gritar… O sinal abriu e fechou – e abriu e fechou de novo. E ficou ali, parado. Talvez, precisasse sentar na calçada e conversar com alguém. Ficou parado ali. Ninguém nem aí pra sua dor. A cidade fica inerte diante das emoções que vertem dos sentidos e revestem o tempo de cinza. Silêncios sem cor, dores sem amor. E o sinal abriu… de novo.