omo um rio que mora no mar, suas melodias se aprofundam e se dissipam no peito de quem passa com pressa diante da sua dor de aluguel, de paixão de papel queimando no calor dessa cidade, onde persiste o amor. Desilusão – ou má sorte. Ele persiste e permite até certa solidão naquele lugar por onde todo mundo só passa. Alguns trocos, sorrisos, acenos… Ninguém fala do amor dele ecoando em músicas, mas alguns poucos sentem. No compasso de passos ansiosos e perdidos, no pulso de corações feridos e cansados, nas conversas cheias de pausas longas e tediosas, todo mundo passa, ouve e sabe: existe amor. Sim, ainda persiste o amor. Mais um trocado, uma moça bonita observa de lado e sorri. Chapéu no chão, coração na mão. Da capo.
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