… noites. Um açoite para as almas desavisadas que vagam pelos becos de corações vazios e escorrem pelo meio fio até desaparecerem lá longe – onde não se esconde -, surgindo e sumindo, como facho de luz dos carros dobrando a esquina. Que sina essa de quem sempre está em clima de festa, que deixa entrar pelas frestas a luz que corta as sombras da sua solidão. Que vida é essa de quem expressa andar de joelhos em busca de perdão por pecados que não cometeu – e que não são seus. A noite está cheia de pecados e isso é uma ilusão, como o perfume de copos quebrados curtidos de gin, corpos suados sobre lençóis molhados, corações perdidos em becos sem fim, almas despedaçadas varridas para o meio fio… Silêncios…