Bad, tédio, gripe – mas pra tudo tem remédio, pensava. Viajava em cada carro que passava vindo d’algum lugar para qualquer destino menos frio e resfriado. Suspirava vendo casais atravessarem na faixa. Respirava o cheiro de cidade e solidão. Quase entrou na igreja antes de desistir do café. A vida tava tão chata e estranha, mas tinha manha, pois sabia que a alegria viria logo cedo, pela manhã. Entardeceu maldizendo a vida; anoiteceu com uma fração de fé – a alegria vem pela manhã, não é mesmo? Só precisava que o coletivo chegasse logo para teletransportar seus anseios de volta ao lar. Um brigadeiro de panela e uma vitamina C. Talvez, bons sonhos… E a alegria rompendo a manhã… Amanhã, talvez.