A gente vive encanando com coisas que não trazem o menor encanto. A gente vive buscando encontrar encanto em coisas velhas que foram jogadas de canto, em pessoas de almas amarrotadas, em histórias sem pé nem cabeça, de começo sem fim. Por fim, sabemos que no fim, da avenida, da vida, do filme, do refrão, vem a questão e vamos finalmente entender que não se deve partir – pessoas e corações. Nesse dia, talvez – quem sabe – estaremos de joelhos diante do espelho, com medo de se olhar nos olhos e se perguntar: e aí?