… a saudade poderia ser um final de domingo a tarde, mas caiu numa quarta, meio da semana mesmo, no meio do peito, sem jeito, sem pleito… A cidade quase querendo garoar sobre esses jardins cinzentos; outros quase querendo qualquer coisa pra se arrepender daqui a pouco. Doses, vozes, acordes, partituras que nunca serão escritas para musicar histórias que nunca serão lembradas. Saudade é fogo; amor, são cinzas – como a cidade. Saudades de lugares errantes, vaidade em sorrisos distantes… Mais um trago – e um cigarro. Já não liga para o troco, deixa para – quem sabe – uma próxima, ou ainda, de gorjeta pr’o garçom. Era muita tristeza para um só copo americado. Deu dó. E ele deu um dó menor pra cantar a saudade. Vaidade de poeta ou tristeza de profeta, passado e futuro, presente nas cordas do violão, nas cores de uma canção, nas dores de um coração pulsando em dó sustenido menor…
C#m
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