O sapato da gafieira já não traz o barro do terreiro, nem o desgaste da peleja. O homem segue pra igreja, ornando impecavelmente. Não tem aliança e hoje não tem dança. A bíblia nas mãos calejadas, guias no pescoço, um olhar ressabiado de quem chegou do interior, destreinado de tanto cinza, uma ou outra ferida na alma cheia de histórias pra contar e uma absurda esperança de… ser feliz. Triste, de terno escuro, só, balança a cabeça em sinal de negação e olha para o teto do coletivo como se perguntasse: Deus, o que eu fiz? Próxima estação…
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