Domingo elegante, caminhar leve, passos firmes. Alma de gigante como rios das vistas desaguando em oceanos no coração. O som da sombra remetia à uma certa cadência das malemolências de um passado destemido das maledicências do mundo surdo. Por isso, já foi ao fundo do poço umas poucas vezes – e chegou até soltar a corda e se esquecer dos caminhos de volta. Mas quando acorda, olha pro alto, sente a luz, agarra nuns fiapos de corda e escala… Quando saiu de lá provou do mais pronfundo amor. Tinha talhado com as próprias mãos o presente futuro em que teve coragem e disposição para se dar vários presentes e estar presente onde e quando lhe fizesse sorrir. Tinha ainda talhado nas mãos histórias que escreveu a sangue e suor, pois foi assim que regou os frutos sagrados do trabalho. Pés e espíritos cansados demais para uma mente sã, mas naquela altura já podia suportar muito mais do que sua fé era capaz de transformar. Tarde vã, de manhã sem café – ou cachaça – pro santo, só queria mesmo caminhar pelas ruas sem pensar tanto nas dores da vida. Acordou sorrindo pensando nas delícias da vida, fez um bom café – quente, gostoso, cheiroso, como uma boa mulher -, vestiu o seu melhor terno e saiu por aí pra encontrar uma bela e jovem donzela que cortejada todos os dias… a vida.