… fé. Não tinha mais desculpas que sustentassem a falta de tempo para ter um momento para refletir sobre as coisas que realmente importam na vida. A lida consumiu os dias coloridos. Os dias ficaram estranhos e sem cor, sem brisa, sem som… Existia, porém, uma força indescritível, capaz de quebrar e desfazer a mais rochosa das montanhas, de acalmar mares revoltos, apagar florestas em chamas e acalentar os ânimos vazios gritando por socorro… O mundo não precisava saber da sua dor, mas necessitava do seu amor, da sua paz, da sua capacidade de transformar o cinza em cor – e das cinzas flanar o fogo para aquecer corações com frio, com medo, pesados em pranto… Não sabia como e mesmo assim foi lá e fez. Estava mesmo desafortunado a acreditar no que não podia ver ou tocar. Podia sentir que as mil fúrias que assolaram e dilaceram tudo em que acreditava, já tinham passado… Sentiu uma brisa leve, suave, doce… Sentiu um medo bom diante da grandeza do que voltava a reconhecer – e novamente uma força indescritível que o fez sucumbir às próprias verdades, cerrar os olhos e sussurrar para sua alma… … Pai Nosso que estais no Céus…