… existe uma certa solidão no final de tarde de domingo que nem torcida de final espanta. Um movimento lento vai acalentando a cidade enquanto pensamentos voam livres como sabiá.

O bar já vai fechar – e dentro dele ainda tem muitos corações abertos, dispersos, despertos e mais pertos da verdade: não é certo sofrer de solidão num mundo de bilhões.
Por sorte ou por decreto deveria existir um lugar para cada coração e um tempo para cada olhar brilhar ao encontrar outro olhar brilhando.
Onde ou quando, isso tudo vai se transformar em poesia pra contar historias bonitas, de solidão sucinta e uma paz infinita – aquela de saber e sentir onde é o seu lugar e qual é o seu momento nesse mundo de bilhões.

Por onde for, vai encontrar amor e um triz de solidão de tardes de domingo. Vai pra gritaria da torcida enlouquecida. Aprende a sorrir como o canta o sabiá. Não esquece de regar as plantas – e cuidado com o que você planta.
Dança. Canta. Deixa a porta aberta, deixa as chaves, deixa os tormentos, deixa sem sentido mesmo, a esmo, e segue no sentido contrário da dor até encontrar a flor nesse lugar estranho que é o coracao: amor. O tempo é o pensamento: vai voar…