São ciclos. Começam onde terminam – e quando se vê, recomeçam. Talvez, no meio d’algum desses você esteja pensando nas vezes que seguiu em frente por estradas que não lhe pertenciam – e ficou mais forte; ou das vezes que desistiu e partiu mesmo sem rumo, sem plumo, planando como pluma ao sabor do vento, lento, brisa leve, breve como a vida de uma pipoca, como sopro de um bebê antes do primeiro choro, como assopro sobre a chama das velas do bolo de aniversário, como assobio pra moça faceira atravessando a rua de saia e cabelo samambaia, como fôlego de amantes sob a lua, como suspiro derradeiro no leito, como silêncio de um coração no peito… Partiu. Andou por caminhos em desalinho, como equilibrista na corda meio bamba, como quem pára no tempo [respira] e declina diante das (re)possibilidades de ser feliz e fazer o que sempre quis… Há quem alimenta pombos na praça e faz pirraça com o tempo – porque a vida parece pipoca: ploc!