O necessário e um pouco mais.

Mês: fevereiro 2016

Qual é o sentido da vida? Por que o céu é azul? Quem inventou o amor? Pra onde vão as chaves que a gente perde? Quem sou eu quando ninguém me vê? Biscoito ou bolacha? O que vou ser quando crescer? Eram muitas perguntas para uma vida que o despertava todos os dias já mudando as respostas. A verdade posta a mesa como ratatouille o condicionava a ver além da ilusão que criava cada vez que primeiros raios de sol alcançavam a janela do seu quarto. Acordou pensando em mudar de emprego, de cidade, de religião… A verdade não o permitia ir muito longe e sonhar. Sonhar era proibido quase que por lei. A realidade era a mesma de sempre: lutar e seguir em frente. Eram muitas perguntas para poucas respostas, mas pelo menos já sabia o sentido da vida… E seguiu.

Jogo

… tinha sim um jeito meio preguiçoso de andar. Já estava quase na metade da vida e não se importava mais com o preço do chuchu ou sobre o que pensavam sobre o fato dele ainda colecionar selos. Uma nova vida se revelava para ele a cada alvorecer e ele sabia e gozava disso: comprou uma camisa de futebol, fez uma receita de família, convidou amigos pra jogar cartas, jogou fora tralhas e sonhos tolos e empacados, fez de conta que não tinha problemas – e vivia melhor assim. Trocou o espelho por um quadro que pintou, colorido e vivo, pois não precisava mais se ver… Começou a se enxergar e se perceber… Não era domingo ainda, dia de jogo, mas ele tinha uma camisa nova – e uma vida também – e estava feliz pra caramba.

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