Enfim, chegou ao fim, mas ainda sentia o perfume e tinha o costume de acordar e admirar o sol nascer naquele olhar. Guardou os sonhos e de vez em quando sonhava os planos, Fim. Chegou o fim. Sabia que não tinha volta, mas se esqueceu a esperar, como barco ancorado na areia que nunca navegou por outro mar. Acabou. Sabia que era esse seu cruel desterro, como farol trancado numa ilha que nunca mais brilhou… Nunca mais.
Mês: agosto 2015
Era tarde demais: deixou ela ir morar no estrangeiro com um gringo que nem sabia das suas manias. E aquela esperança de tudo se ajeitar… Já era e foi por pouco. Quase ficou louco, confessando para estranhos os erros que cometeu. Tocava Chico, era domingo, acabou o cigarro… Mais um último trago, sem jeito, com uma mágoa no peito e aquela esperança… Ah, maldita esperança!