O necessário e um pouco mais.

Mês: julho 2015

Pleito

Cada ônibus que passava tremia o chão e o coração, silenciando o pleito do acordeom – que rasgava a sua alma como papel e fazia dela um bilhetinho para cada um que o ouvia por alí. Foi uma desilusão que fez chegar alí. Foi a solidão que o fez ficar alí. Desilusão. Desilusão: danço eu, dança você, na dança da solidão. Último acorde. E ainda repetiria aquela música algumas vezes naquela noite… E nesta vida.

Samba

Nascida da nobreza e da ralé, tinha fé, tinha axé. Sambava, cantava, vivia… Não queria mais saber de sofrimento, nem viver só pra labuta – e era muita luta todo dia até chegar domingo, sem castigo, mas sem abrigo… Foda-se, pensou, nada era melhor do que nada… E nada era melhor que ser feliz… Ainda que só por mais uma noite.

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